Os Jogos Abertos do Interior não atraem apenas atletas de ponta. O árbitro Júlio Cezar Marques, 45, é exemplo disso. Na bagagem, Grand Prix, Ligas Mundias e Copa do Mundo de Voleibol. Mas os Jogos Abertos têm lugar fixo no seu calendário. O árbitro da Federação Paulista de Vôlei (FPV), concedeu entrevista exclusiva ao blog.
Confira:
Qual a diferença entre apitar uma partida entre seleções mundiais e os Jogos Abertos?
Para mim é igual. A motivação acontece apenas por entrar em quadra, pois faço aquilo que amo. Claro que a responsabilidade aumenta de acordo com a importância da partida. Aqui, a repercussão é menor.
Piracicaba tem estrutura para receber o evento?
Tem. E muita. É um dos torneios mais organizados que já vi. Veja, a alimentação é ótima (risos). A comida de qualidade, os cardápios diários, a assistência de fisioterapeutas e enfermagem, são muitas coisas que não se vê em outras cidades que organizam este tipo de evento. Só o policiamento está com poucos homens. Ao longo destes vinte anos como árbitro posso dizer que estou satisfeitíssimo.
Como é a relação com grandes nomes do Voleibol brasileiro?
Não existe quase. Há uma distância considerável entre atletas e árbitros. Quando estou apitando jogos de campeonatos internacionais ou mesmo brasileiros, é comum encontrar atletas como o Giba, o Dante. Estes dois eu acompanho desde as divisões de base. Mas nos falamos pouquíssimas vezes. O que guardo sempre é o fato de poder ter acompanhado a evolução da carreira destes rapazes.
Pelo que o senhor viu até aqui, temos algum candidato à estrela nos Jogos?
Temos muitos atletas bons, mas que não são apenas atletas. Muitos precisam de mais treinamento.
Não tem nenhum que te encheu os olhos?
Tem, tem sim. Se pudesse apontar para um, seria um ponta da cidade de Votuporanga. Ele não deixa de “virar” uma bola sequer. Não me recordo o nome dele, mas é um jogador a ser observado.
(Texto Leonardo Moniz/ Edição Iuri Botão)
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